Casa Vogue discute a sustentabilidade na arquitetura e no design

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em quarta-feira, agosto 23

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 Em Botucatu, São Paulo, Alentejo e Cotia, quatro casas mostram formas mais sustentáveis de habitar o planeta.

Preservar recursos naturais, esquadrinhar fontes de energia alternativas, resgatar práticas ancestrais, discutir o descarte e seus impactos, recuperar a flora e a fauna. Este tem sido um dos papéis da arquitetura e do design dos novos tempos, como mostra revista Casa Vogue de agosto.

Ancorados nesses ideais e em um profundo respeito pela natureza, os projetos de quatro casas trazidas na seção Universo refletem os principais pilares de uma busca incansável por formas mais sustentáveis de habitar o planeta. A primeira, localizada em Botucatu, interior de SP, é uma das capas da edição. Com 420m², a residência foi projetada para a artista plástica Tati Antunes pelo F.Studio Arquitetura, em uma área de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado.

Casa Vogue discute a sustentabilidade na arquitetura e no design

O local propõe novos elos que são costurados todos os dias, a partir das ideias e conexões entre artistas e a paisagem. A criativa Valen Baron é uma delas – ela trabalha e vive na residência, colaborando com o ateliê, com Tati e com outras mulheres. “Temos um espaço aberto à criação de saberes e novos vínculos. A partir deles, os trabalhos se dão naturalmente”, diz.

Na cidade de São Paulo, outra residência prova que é possível ter uma pegada ecológica em plena metrópole. Localizada na Vila Madalena e construída nos anos 1960, a casa é de propriedade do arquiteto Flávio Ouro e da designer de interiores Paula Sá. O projeto de reforma incluiu a preservação de parte das estruturas e a inserção de elementos que tornaram a construção mais sustentável. Além dos painéis fotovoltaicos responsáveis por quase toda a energia utilizada ali, os moradores criaram um sistema de captação de água da chuva por meio do telhado verde. “Nós começamos com aquilo que parecia sustentável naquele momento”, contextualiza Paula. “Fomos expandindo as soluções ao longo da obra”, acrescenta Flavio.

Bem distante daqui, no Alentejo, na porção sul de Portugal, Gonçalo Bonniz e Flores Textile Studio deram forma ao refúgio do perfumista Eddie Roschi. Na casa de ares racionalistas, cercada de espécies nativas, Roschi coloca em prática seu manifesto de que ‘o futuro do luxo está no artesanal’. Posicionada sobre uma colina, a propriedade se abre para um terreno onde o morador desenvolve um robusto projeto de permacultura, ao cultivar árvores frutíferas, hortaliças e, principalmente, propor a recuperação da vegetação alentejana.

Casa Vogue discute a sustentabilidade na arquitetura e no design

De volta ao Brasil, em Cotia, SP, a residência projetada por Denis Joelsons reproduz propositalmente a geografia local: com forma ortogonal, fica no fundo de um vale e foi construída com estrutura de madeira laminada colada (MLC). O arquiteto acertou ao sugerir a armação de madeira, mas arrebatou mesmo ao apontar meios de promover o máximo desfrute do jardim. Segundo ele, a melhor resposta para a demanda do proprietário era limitar o aproveitamento do entorno, posicionando-a na borda do lote, trabalhando o desnível natural com platôs onde se pudesse passear ou descansar. Para explicar a modulação – visível no quadriculado que organiza a fachada lateral, por exemplo –, Joelsons recorre a Oscar Niemeyer (1907-2012), adepto da harmonia obtida pela inserção de um traço horizontal dominante sempre que o piso variasse de nível no projeto.

As matérias completas da seção Universo podem ser vistas em Casa Vogue de agosto, disponível nas bancas de todo o país e em versão digital.

SERVIÇO

Revista Casa Vogue | Edição de Agosto

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